Gravidez na adolescência: quais os riscos e cuidados necessários durante a gestação?

10 de fevereiro de 2022

A responsabilidade de gerar uma criança, atrelada às transformações físicas e emocionais, pode provocar uma série de mudanças no comportamento da mulher. Durante a gravidez na adolescência, que acontece de forma repentina, sem planejamento ou suporte necessário, o cenário pode ser ainda mais desesperador. 

De uma forma geral, o período gestacional é repleto de fortes emoções. Existe a preocupação constante com o bem-estar do bebê, as dúvidas e receios relacionados ao futuro profissional e à vida social. Quando falamos de gravidez na adolescência, esses sentimentos são intensificados: como contar para a família e amigos? Qual será a reação do meu parceiro? 

Nessa fase, é importante que a jovem receba o apoio da família e que situações desgastantes, como discussões e cobranças, sejam evitadas. Não podemos nos esquecer que a adolescência, período em que as principais características da nossa identidade e personalidade estão sendo formadas, faz com que os hormônios – e as emoções – estejam à flor da pele.  

Portanto, oferecer suporte emocional é fundamental para a adolescente e pode evitar as chances da jovem desenvolver depressão pós-parto ou sentimentos de rejeição ao bebê.

Quais são os riscos e as consequências de uma gravidez na adolescência? 

Primeiramente, devemos lembrar que o corpo de uma adolescente não está totalmente formado. Por isso, os riscos de complicações obstétricas (sangramentos, abortos espontâneos e etc) são ainda maiores do que na população adulta.

Além disso, a gravidez na adolescência pode representar risco à saúde da gestante, como o desenvolvimento de eclâmpsia, doença caracterizada por episódios repentinos de convulsão, que pode ser fatal.  Para evitar essas possíveis complicações, é importante que a família da adolescente adote os seguintes cuidados:

  • Exame pré-natal: por se tratar de uma gravidez de risco, o acompanhamento médico – e constante – é primordial.
  • Assistência psicológica: além das transformações físicas, a adolescente vai passar por uma intensa e desafiadora mudança em sua vida com a chegada do bebê. Por isso, o acompanhamento psicológico é muito importante nessa fase.
  •  Apoio da família: os familiares devem acolher e tranquilizar a adolescente, a fim de evitar os conflitos e possíveis desgastes emocionais, que podem ser prejudiciais para a mãe e o bebê.

Educação sexual é a melhor alternativa para evitar a gravidez na adolescência

O diálogo é imprescindível para conscientizar os jovens sobre a importância da adoção de métodos contraceptivos, que evitam a gravidez precoce e protegem das doenças sexualmente transmissíveis (DST). 

Para contribuir com a educação sexual e reduzir o índice no país, o governo federal promove anualmente a “Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência”. Por meio de ações e eventos, a campanha dissemina informações sobre medidas preventivas e educativas para evitar a gravidez na adolescência

Educação, orientação e acesso são indispensáveis! Por isso, quanto maior for o nível educacional dos nossos jovens, menor será o número de gestações indesejadas. A orientação sobre métodos contraceptivos faz com que a conscientização de sua importância seja mais exercida pelos adolescentes, além de ser muito mais eficiente do que acreditar na abstinência.

E não se esqueça: todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) fornecem anticoncepcionais como: DIU de cobre, injeção e preservativos. Por isso, vá ao posto de saúde mais próximo de sua casa e busque informações!

Lembre-se: a prevenção é a melhor forma de evitar uma gravidez na adolescência e a transmissão de DSTs e ISTs. Em caso de dúvida, entre em contato comigo através das minhas redes sociais.