Reposição hormonal e a cultura do medo

25 de agosto de 2022

Uma parcela das mulheres não apresenta melhora com as doses convencionais durante a reposição hormonal. Quando isso acontece, devemos ajustar a quantidade de hormônio, trocar a via ou associar um androgêno, no caso de uma testosterona.

Se todos esses procedimentos foram feitos e a paciente não apresentou nenhuma melhora no quadro clínico, devemos investigar outras causas dos sintomas recorrentes da menopausa. A única coisa que não deve ser feita, em hipótese alguma, é interromper o uso da medicação convencional e trocar por fitoterápicos.

Sabemos que eles não substituem e não protegem os demais órgãos como a reposição  hormonal convencional. Podemos aceitar que o médico não saiba lidar com casos difíceis, mas não devemos ser coniventes e prejudicar o bem-estar do paciente. 

Preconceito contra esteroides anabolizantes também deve ser combatido

Contudo, a cultura do medo não se limita apenas à reposição hormonal. Quando falamos sobre o uso dos esteroides anabólicos, há muito preconceito e desinformação. É preciso entender que existem indicações de doses baseadas em critérios que devem ser seguidos.

Se esses hormônios forem utilizados em condições adequadas, para um paciente que foi bem avaliado, é uma ótima opção –  principalmente para as seguintes circunstâncias:

– Aumento de libido na menopausa;

– Manter massa magra e determinadas funções.

Durante as consultas, prescrevo para algumas pacientes testosterona e, às vezes, um pouquinho de oxandrolona. Em algumas situações, faço a indicação de nandrolona para quem sofre com osteoporose. 

Minha conduta é inadequada ou pode ser considerada um delito? De forma alguma! Na realidade, devemos orientar e gerar médicos conscientes – diferente dos “mágicos” das redes sociais.

Tem dúvidas sobre reposição  hormonal e outros assuntos relacionados à ginecologia? Entre em contato comigo e me siga nas redes sociais