Pólipos Endometriais exigem acompanhamento

12 de março de 2020

Os pólipos endometriais são lesões benignas que se desenvolvem dentro da cavidade uterina, na camada do tecido que menstrua – denominado endométrio, e possuem baixo potencial de malignização. Podem ter tamanhos variados, dependendo de cada caso.

No período reprodutivo, seu diagnóstico é obtido nas pacientes sintomáticas, com sangramento uterino anormal ou infertilidade. Na pós-menopausa, em sua maioria, são assintomáticos, podendo estar associados a sangramento anormal em torno de um terço dos casos. A malignização e atipias compõem 2% dos casos estáticos.

Quando sintomáticos, podem apresentar:

  • Dor durante a menstruação;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Sangramento vaginal após contato íntimo;
  • Período menstrual irregular;
  • Sangramento vaginal entre cada menstruação.

A malignização do pólipo ocorre em sua base de crescimento, o que destaca a importância de sua ressecção, pois desta forma evitamos diagnósticos tardios. Ou seja, pólipos, em sua maioria, apresentam indicações de exérese permitindo a regularização do ciclo em mulheres em idade fértil e aumentando suas oportunidades de engravidar. Nas perimenopausadas e menopausadas, a exérese também está indicada para diagnósticos diferenciais de possíveis malignidades.

Eles são diagnosticados por ultrassonografia (representados através de imagem bem definida ou espessamento endometrial), histerossalpingografia (raio x da cavidade uterina e trompas) e por histeroscopia.

Após o diagnóstico dos pólipos endometriais, eles são retirados, preferencialmente, por histeroscopia em centro cirúrgico. A vantagem desta abordagem é a segurança da retirada do pólipo e retorno à vida normal rapidamente.

A histeroscopia é uma cirurgia na qual uma fibra ótica é introduzida na cavidade uterina acoplada a uma “faquinha” que resseca o pólipo em sua base. Normalmente, a internação não é superior a doze horas no ambiente hospitalar.

Lembre-se: pólipos endometriais não são câncer, mas o quadro pode se complicar; portanto, o ginecologista, como sempre, deve ser consultado em caso de qualquer suspeita. Assim, é possível decidir sobre o acompanhamento e as devidas ações a serem tomadas.