A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) atinge uma em cada dez mulheres que estão na fase reprodutiva, mas como é possível diagnosticá-la e entendê-la? O primeiro passo é ficar atenta aos sintomas: eles alteram o bem-estar da mulher e diminuem a fertilidade Por quê? Porque há uma disfunção ovulatória relacionada com dificuldades para engravidar.
Trata-se de uma disfunção hormonal que tem como característica principal a dificuldade, ou até mesmo, incapacidade de ovulação. Por isso, ela causa irregularidade menstrual, ou seja, menstruações espaçadas, com mais de 35 dias de ovulação. Essa dificuldade em ovular acarreta em problemas como: aumento dos pelos (buço, peitoral, virilha, costas), oleosidade da pele, acne, aumento de peso e escurecimento de dobras.
O que, muitas vezes, gera confusão é a presença de cistos nos ovários; mas pelas novas regras são muitos cistos mais de 20 e não contamos adolescentes, pelas próprias peculiaridades. Portanto, nem sempre um laudo de ultrassonográfico mostrando ovários policísticos representam a síndrome. É comum encontrar cistos e aumento de volume ovariano em jovens e adolescentes, mas isso é resultado de sua reserva ovular, e não da síndrome. É preciso atenção e cuidado por parte do ginecologista para diagnosticar a doença.
Diagnóstico precoce é necessário
A Síndrome dos Ovários Policísticos em, aproximadamente, 70% das mulheres é desconhecida por elas. Há uma certa facilidade de ganho de peso, que pode proporcionar obesidade precoce, hipertensão e distúrbios de colesterol. E as chances de desenvolver diabetes são cinco vezes maiores nessas pacientes.
Ou seja, seus efeitos acabam afetando a vida das pacientes em longo prazo, já que doenças cardiovasculares e risco de infarto e AVC também crescem devido aos outros problemas por ela causados. Por isso, o diagnóstico precoce é nosso grande aliado.
É preciso ir ao ginecologista anualmente e, caso tenha alguns dos sintomas citados, avisá-lo. Ele decidirá qual a melhor forma de tratar sua Síndrome dos Ovários Policísticos para que a sua qualidade de vida e gestação (caso haja) sejam priorizadas.