Precisamos falar sobre saúde feminina

28 de maio de 2020

A saúde feminina nem sempre é pauta específica de discussões sobre saúde, mas ela é tão importante que, no dia 28 de maio, temos duas comemorações: o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Por isso, vou trazer alguns números aqui para que possamos entender melhor esse quadro.

No Brasil, aproximadamente 51,48% da população é mulher de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015 – grande parte é de potenciais mães. Quando falamos de mortalidade materna, temos um importante indicador da qualidade da saúde ofertada para essas mulheres considerando, principalmente, as condições socioeconômicas do nosso país. Estima-se que o número de óbito é de 60 para 100 mil nascidos vivos. Para termos um comparativo: no Japão esse número é de 6 para 100 mil, de acordo com dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

Ainda, existe a necessidade de conscientizar a população sobre problemas de saúde e distúrbios bastante comuns na vida das mulheres. Precisamos pensar que levamos uma vida dupla: trabalhamos fora e, na maioria dos casos, cuidamos da casa e da família. Essa jornada dobrada gera estresse e, consequentemente, risco de outras doenças. Um estudo mostrou que mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana.

Quando falamos em doenças, podemos citar muitas, entre elas as hormonais e ginecológicas, por isso é muito importante o acompanhamento de um ginecologista anualmente e a realização de exames de rotina. Assim, podemos evitar diversas complicações a agir rapidamente em casos, como câncer de mama e de colo do útero.

Hábitos saudáveis também são nossos aliados para evitar problemas, como:

  • Obesidade;
  • Diabetes;
  • Hipertensão.

Pratique exercícios físicos, foque na alimentação saudável, vá ao médico periodicamente e incentive outras mulheres para que façam o mesmo. Juntas, venceremos essas lutas, que são diárias, mas são por nós mesmas.