Herpes genital e suas causas

9 de julho de 2020

Você já ouviu falar em herpes genital? Apesar da alta prevalência, muitas pessoas só conhecem aquele herpes que dá na boca, e não o genital. Trata-se de uma infecção sexualmente transmissível, causada pelo vírus do herpes simples (HSV). É uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns e constitui um problema médico considerável, muitas vezes subestimado.

Ele fica dentro de gânglios nervosos, o que dificulta seu combate pelo sistema imunológico e, consequentemente, sua eliminação não ocorre. Fica lá quietinho e, quando cai a imunidade, se multiplica na superfície, normalmente nas áreas de transição mucoso cutânea.

Entendendo o herpes simples

Existem dois tipos de HSV:

  • Tipo 1 – o mais conhecido, responsável pelo herpes facial e que aparece, principalmente, na região da boca, nariz e olhos;
  • Tipo 2 – que atinge a região genital, ânus e nádegas.

Esta separação é a mais didática, pois pode haver autocontaminação, a pessoa tem a lesão na boca e se contamina no genital.

Em média, após a relação sexual, o tempo de incubação do vírus pode levar de dez a quinze dias. Os primeiros sintomas da infecção podem causar coceira, formigamento, gânglios inflamados e ardor. Na sequência, surgem vesículas (pequenas bolhinhas de água) na fase de maior transmissão. Após alguns dias, elas se rompem, criam casca e cicatrizam, regredindo espontaneamente. O grande problema??? O vírus fica latente no corpo, ou seja, a infecção poderá aparecer novamente, em qualquer momento de queda da sua imunidade.

A primeira vez em que a infecção nos acomete, podemos nos assustar. As lesões podem ser agressivas, extensas, muito dolorosas. Após este primeiro contato há criação de anticorpos e as recidivas, geralmente, são mais brandas.

Herpes genital na gravidez

Infelizmente, ele pode causar abortamento espontâneo, pois existe o risco de transmissão vertical do vírus. Se for a primeira vez que a mãe tem o vírus durante a gravidez, esse risco é maior por causa dos anticorpos que ainda não existem.

Entretanto, se não há sintomas, é raro que a doença passe para o bebê. É preciso avisar o médico que acompanha o pré-natal sobre a possibilidade de novas lesões. Ressalto que o herpes em recém-nascidos é grave, portanto, é preciso cuidado. Lesões de herpes ativas na genitália contraindicam parto normal!

Use sempre preservativo. Todo cuidado é pouco. Qualquer lesão ou úlcera vá ao ginecologista.