Candidíase: o que é e como tratar

8 de janeiro de 2021

Candidíase vulvovaginal é a consequência de uma infecção fúngica. A Candida albicans é responsável por 85% a 90% dos casos e 75% de toda a população terá candidíase pelo menos 1x na vida.

Os fatores de risco incluem momentos em que há alteração do pH vaginal, como:

✔️ Gravidez (e outras situações em que os níveis de estrogênio estão aumentados);
✔️ Diabetes mellitus, pois o aumento de açúcar leva à multiplicação do fungo
✔️ Imunossupressão e antibióticos sistêmicos;
✔️ Uso de roupas justas.
 
A incidência aumenta com o início da atividade sexual, mas não pode ser considerada uma DST porque não é só quem tem relação que tem a infecção.

A associação entre contraceptivos e candidíase não é clara.

Diagnóstico

A candidíase é facilmente diagnosticável por seus sintomas.

Nas mulheres, os principais são: corrimento esbranquiçado, coceira, dor nas relações sexuais, ardor, vermelhidão e, às vezes, um inchaço imenso que você mal pode vestir a calcinha. Ardor no início da micção é um diferencial que indica infecção urinária.

Nos homens, inchaço no órgão genital, assadura na glande e dor durante o contato íntimo são os mais comuns. Além de manchas vermelhas com edema e, às vezes, pontinhos brancos.

O diagnóstico pode ser feito por meio de análise da secreção vaginal com o especulo, colposcopia e cultura de secreção nas recidivas.

Tratamento

Os cremes intravaginais parecem reduzir os sintomas da candidíase vulvovaginal aguda em mulheres sintomáticas não grávidas. A maioria não precisa de receita médica e, muitas vezes, as pessoas usam indiscriminadamente, o que pode aumentar a resistência e ficar cada vez mais difícil de tratar.

Coisas que NÃO funcionam:
 
❌ Alho ou iogurte, usado por via vaginal ou oral;
❌ Ducha higiênica ou outras intervenções.

Muitas coisas, às vezes, parecem funcionar, ainda mais quando dizem que é lenda urbana, mas temos que ter cuidado. Para ver se é eficaz, devemos fazer o controle após o tratamento para que não ocorra a cronificação da patologia, ou seja, os sintomas ficam quase imperceptíveis, mas o fungo continua lá.
 
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