Sabe quem te engorda???
Seu cérebro!!!
Ele é o responsável pela produção de neurotransmissores cerebrais, serotonina e norepinefrina – são como sinais de wi-fi que mandam ordens à distância, como o controle nervoso central do balanço energético, e estão envolvidos na sintomatologia relacionada à obesidade e à depressão.
Sendo assim, a serotonina tem recebido atenção especial, como base de medicamentos antiobesidade, antidepressivos e medicamentos usados no tratamento de transtornos alimentares.
Assim, se a queda da serotonina está levando ao aumento da fome, podemos corrigir isso??
Sim, em parte, aumentando a serotonina, usando uma medicação chamada “inibidores seletivos” da recaptação da serotonina (ISRS), utilizados no tratamento da depressão e distúrbios alimentares, e que podem ajudar as pessoas que comem por ansiedade.
Imagine que o neurônio produz a serotonina, a joga no sangue e equilibra a produção, destruindo o excesso. Mas, às vezes, ele destrói demais e a serotonina cai. O que acontece com você? Vai compensar esta queda comendo!
Então, essas medicações, diminuindo a destruição de serotonina, fazem com que ela volte a subir, controlando a ansiedade. Feito isso, o ganho de peso fica controlado. É por isso que, muitas vezes, uma das estratégias de tratamento para o ganho de peso é usar antidepressivos.
Sibutramina, um inibidor da recaptação de serotonina e norepinefrina, que induz a saciedade e previne o declínio da taxa metabólica associada a uma dieta hipocalórica, é atualmente a única droga de ação central indicada para o tratamento de longo prazo da obesidade.
Depressão, desinibição alimentar (avaliada pelo Eating Inventory [EI]) e estresse estão associados ao acúmulo de gordura abdominal e ao desenvolvimento de síndrome metabólica e doenças relacionadas.
Indivíduos com obesidade abdominal demonstram anormalidades neuroendócrinas, que resultam em distúrbios na função hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA). O tratamento com ISRS pode interromper o círculo vicioso que leva a anormalidades endócrinas e ao acúmulo de gordura abdominal.
O tratamento da obesidade com sibutramina resulta não apenas na perda significativa de peso, mas também na redução da gordura abdominal e na melhora dos riscos à saúde associados à síndrome metabólica (perfil lipídico, glicemia, insulina, HbA1c e ácido úrico), bem como no declínio na pontuação de desinibição do EI.
Em um ensaio com sibutramina de 1 ano, apenas uma diminuição no escore de desinibição permaneceu como uma correlação significativa da perda de peso entre os fatores psicocomportamentais e nutricionais, que foram levados em consideração.