Os adolescentes que veem pornografia regularmente podem desenvolver visões doentias ou estereotipadas sobre papéis de gênero, sexo e desempenho sexual, acreditando que aquilo deve ser repetido na sua vida pessoal.
Isso pode dificultar o desenvolvimento de relacionamentos sexuais respeitosos e agradáveis, que nos fazem amadurecer. Ainda, podem fazer com que eles acreditem que não há necessidade de estar apaixonado ou ter um sentimento por aquele que vamos nos envolver.
A pornografia pode enviar mensagens negativas como:
- Consentimento mútuo e sexo seguro não são importantes, só faça sexo – é bom!
- Atos sexuais violentos são normais e atraentes, você deve bater no parceiro que ele vai gostar;
- O objetivo do sexo é satisfazer as pessoas com poder sexual ou outros tipos de poder, muitas vezes os homens aparecem subjugando a mulher;
- Relações sexuais em que as mulheres não têm poder são normais, elas devem satisfazer o homem;
- Relacionamentos amorosos não são importantes, variar é o mais importante;
- O comportamento agressivo em relação às mulheres é normal e aceitável.
Devemos sempre dizer que menos, às vezes, é mais. Como digo para minhas filhas: nada substitui um grande amor, nossas primeiras paixões; se optarmos por experimentar sem sentir, não seremos mais seres humanos, e sim animais.
A pornografia pode fazer sexo violento e relacionamentos desrespeitosos parecerem normais e tentadores. Às vezes, podem fazer com que você pense que é isso que deve ser feito na vida real.
É importante seu filho ou filha saber que relacionamentos gratificantes envolvem proximidade emocional e confiança, bem como sexo mutuamente agradável e consensual. Sinalize o que é um relacionamento respeitoso! Você deve sempre ter certeza de que está apenas fazendo coisas que os dois realmente desejam fazer.
E como conversar com os filhos sobre pornografia? Sempre que me fazem essa pergunta, explico que conversar com adolescentes sobre o tema é importante porque, apesar de desconfortável, é uma das melhores maneiras de protegê-los da influência potencial da pornografia e de predadores. Expliquei com detalhes como ter esse diálogo, inclusive com exemplos de abordagem, em outro texto do meu blog – clique aqui e confira.