Curetagem e conduta expectante: quando cada procedimento é indicado?

5 de outubro de 2021

Curetagem e conduta expectante geram muitas dúvidas. Realizado pelo ginecologista, a curetagem tem como objetivo limpar o útero por meio da remoção de restos de um aborto incompleto ou da placenta após o parto normal.

A sedação da paciente durante o procedimento é importante ou até a anestesia, para evitar dor ou desconforto. A curetagem uterina pode ser indicada em algumas situações:

  • Retirada de restos ovulares em caso de aborto;
  • Retirada de restos da placenta após o parto normal;
  • Para remover o ovo sem embrião;
  • Para remover pólipos uterinos;
  • Aborto retido ou infectado, quando os restos encontram-se no local por mais de 8 semanas;
  • Quando o embrião não se desenvolve corretamente, como na mola hidatiforme.

A conduta expectante

O termo refere-se quando aguardamos a eliminação espontânea de todo o conteúdo presente no interior do útero após um aborto.

Este é um processo bastante utilizado pela facilidade de monitorização das pacientes. É um tratamento efetivo, mas leva algumas semanas para a resolução – cerca de 2-4 semanas em média até a eliminação do concepto.

Além disso, cerca de 20% das pacientes necessitarão de intervenção de esvaziamento uterino do produto da concepção (abortamento). Sendo assim, é importante procurar o seu médico e cuidar do seu corpo após o processo abortivo.

A vantagem é que essa é a forma mais fisiológica!! A natureza já faz isso há milhões de anos, e a mulher se recupera de forma fantástica na maioria das vezes, inclusive da fertilidade, de forma mais rápida. E sempre que temos uma perda ficamos, digamos assim, mais férteis!

Muitas vezes esperamos a eliminação espontânea após um abortamento, por ser menos invasivo e mais fisiológico. E, apesar de demorar mais, a eliminação espontânea vale a pena.

Converse sempre com seu ginecologista sobre curetagem, conduta expectante e não se esqueça: o pré-natal é muito importante!