Falta de lubrificação vaginal: o que é e como resolver?

18 de outubro de 2021

Para algumas mulheres, a falta de lubrificação vaginal é um problema recorrente. E a pergunta que eu sempre escuto no consultório é se é possível ter relações sexuais com pouca lubrificação. A resposta é sim! Já aconteceu com muitas de nós, inclusive. 

Essa situação me despertou interesse e me fez pesquisar mais sobre o tema; assim, descobri que em algumas culturas a preferência é por vaginas secas!

Em países como Zimbabwe, Malawi e Suriname, tanto homens quanto algumas mulheres relataram a forte predileção por uma vagina seca e apertada (Braunstein & Van de Wijgert, 2005; Woodsong & Alleman, 2008; Van Andel et al., 2008). Você acredita?

Mas caso você não goste, se incomode com a falta de lubrificação vaginal, e queira contornar essa situação, é necessário que haja preparo!

Metade das mulheres relata dor genital associada à relação sexual

As mulheres respondem genitalmente a quase todas as sugestões e estímulos sexuais, porque a lubrificação funciona para proteger os órgãos genitais de possíveis lesões, para que ocorra a penetração vaginal. 

  • Lubrificação vaginal: tipicamente vista como um sinal da prontidão da mulher para o sexo, mas muitas vezes não depende só da gente, pois outros fatores podem diminuir a lubrificação.
  • Outro grande auxiliar são os lubrificantes vaginais: destinados ao uso durante a atividade sexual, estão prontamente disponíveis para compra em drogarias, grandes redes de varejo e na internet. Esses produtos, que realmente funcionam, são usados para melhorar a umidade vaginal.

Notavelmente, cerca de uma em cada 10 mulheres relatam dispareunia (dor genital associada à relação sexual) “sempre” ou “quase sempre”, evidenciando que a secura vaginal é comum. Além disso, quase metade das mulheres relatam a dispareunia pelo menos algumas vezes, e 25% das mulheres relatam que sofrem dessa secura “todo o tempo”.

Outro estudo expõe que 60-70% das mulheres sentem vergonha de sugerir o uso de lubrificantes durante a relação sexual, apesar de saberem que o produto melhora o prazer sexual, tanto dela quanto do parceiro.

Esse assunto, que ainda é considerado tabu, começou a ser pautado em comerciais de televisão e na internet, por exemplo. Essa é a oportunidade para agir naturalmente e incluir este item quando necessário. Converse com seu médico e parceiro!