O sexo na adolescência pode interferir o desempenho escolar, você sabia? Estudos avaliaram que a capacidade cognitiva maior leva a uma primeira relação sexual mais tardia. Não é uma impressão, mas uma constatação!
Sabemos que a primeira relação sexual é uma transição normativa de desenvolvimento que pode ocorrer na adolescência. Este tema, muitas vezes, é uma fonte de intensa preocupação e debate para os envolvidos: pais, filhos, colégio e sociedade.
Os Estados Unidos tornaram a redução ou o adiamento do envolvimento sexual de adolescentes uma meta explícita de saúde pública. Esta política é motivada pelas potenciais consequências negativas para a saúde:
- Relações sexuais desprotegidas;
- Infecções sexualmente transmissíveis;
- Gravidez indesejada.
Como adolescentes e adultos jovens usam preservativos de forma menos consistente e eficaz do que adultos mais velhos, eles são responsáveis por um número desproporcional de novas infecções sexualmente transmissíveis, incluindo mais de 30% dos novos diagnósticos de HIV (Centers for Disease Control, 2006), sífilis e outras.
Essas preocupações sobre as consequências negativas para a saúde da atividade sexual do adolescente motivam muitas pesquisas psicológicas, sociológicas e epidemiológicas sobre diferenças individuais na idade da primeira relação sexual.
Imaginem que, pela estatística, os adolescentes que se tornam sexualmente ativos no início do ensino médio têm menos probabilidade do que seus colegas de obterem um diploma do ensino médio ou de frequentarem a faculdade.
A curiosidade e intempestividade da adolescência podem ser manejadas com informações adequadas, claras e diretas – principalmente mostrando que o sexo é uma ato de intimidade amorosa e não um ato vinculado somente a um prazer momentâneo.
Como falar com o seu filho sobre o assunto?
Assim como qualquer tema que envolva os famosos tabus sociais, tratar sobre sexualidade dentro de casa também é sempre delicado.
No entanto, ter “a conversa” é um dos momentos mais essenciais dentro da relação entre pais e filhos, pois além de criar um ambiente de maior confiança e diálogo entre as duas partes, a informação torna-se a melhor forma de conscientização. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef):
- O Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de casamentos infantis e o primeiro na América Latina. Por aqui, 26% das garotas se casam antes dos 18 anos e 6% antes dos 15.
- Em todo o mundo, a taxa de gravidez precoce é estimada em 46 nascimentos para cada mil meninas entre 15 e 19 anos, enquanto no Brasil esse número é de 68,4 nascimentos.
- Estima-se que, a cada ano, 15% de todas as gestações da América Latina e do Caribe ocorram em adolescentes.
E para mudar essa realidade, conversar é um passo importantíssimo. Afinal, informar é educar e dar insumos para que tenham autonomia e consciência!