É um artefato de vários tipos colocado dentro da cavidade uterina para impedir a gestação. Trata-se de um método seguro e eficaz de contracepção associado a poucos efeitos colaterais.
Os DIUs não medicados são menos utilizados atualmente e consistem em uma haste de polietileno impregnada com um pouco de bário para ser visualizada ao raio x. Ainda, são bastante utilizados na China.
Em nosso meio, existe o DIU de cobre ou, mais recentemente, o DIU medicado com progestágenos levonorgestrel.
A relação do DIU com o câncer cervical
A ação do DIU é principalmente na cavidade uterina. Acredita-se que o principal mecanismo do DIU é a transformação do ambiente uterino em um local hostil aos espermatozoides, evitando a sua chegada até as trompas ou tendo efeito espermicida.
Talvez, alguma ação extrauterina com efeito citotóxico sobre o óvulo e na motilidade tubária também exista.
Uma meta-análise de 2011 com 26 estudos em todo o mundo demonstrou uma diminuição estatisticamente significativa no câncer cervical associado ao uso de DIU – e essa é uma excelente notícia!
Mulheres que relataram já usar o DIU tiveram, aproximadamente, metade da probabilidade de serem diagnosticadas com câncer cervical em comparação com as que nunca usaram.
Por que usar o DIU?
- Custo baixo: R$ 130 reais o de cobre e R$ 1.000 reais o de mirena;
- O tempo de duração é de cinco anos;
- Diminui progressão para tumor em lesões por HPV.
Além desses benefícios, o DIU não aumenta o risco de ter HPV, falha muito menos do que o anticoncepcional, é seguro e tem poucas restrições.
O uso do DIU varia de modelo para modelo, mas, em média, dura de 5 a 10 anos. Essa duração é longa, certo? Logo, é preciso pensar que o método é de longa duração e, caso queira engravidar nesse meio tempo, terá que retirá-lo.
Recentemente publiquei em meu canal do Youtube um vídeo explicando quais são as melhores candidatas para o uso desse método contraceptivo – clique aqui e confira! Não deixe de conversar com o seu médico antes de tomar qualquer decisão!