Nem todo mundo sabe, mas o implante absorvível de estradiol é um tratamento eficiente e bastante seguro. Com esse método, é possível quantificar no sangue o próprio estradiol, o que garante um controle adequado da medicação.
No entanto, esse não é um tratamento recente. Na realidade, essa medicação já existia antes e com o nome antigo de “Riselle”, que era o implante fabricado por uma empresa chamada Organon.
Esse medicamento, por sua vez, foi descontinuado por questões econômicas. No nosso consultório das Faculdades BWS, usamos o implante absorvível de estradiol com frequência, pois ele é a melhor indicação para as pacientes que esquecem de usar o gel.
O implante absorvível de estradiol também é recomendado para aquelas pacientes que não respondem bem ao tratamento da reposição hormonal através de géis ou via oral. Além disso, o custo financeiro desse método não é tão elevado, mas é preciso lembrar o seguinte: ele foi feito para durar apenas 6 meses.
Sendo assim, o custo também tem relação com esse período de tratamento. Na minha opinião – e com base no meu uso pessoal – não existe resposta melhor que o implante absorvível de estradiol.
Controlar os valores da reposição hormonal é fundamental
Diante da reposição de testosterona em mulheres, é muito importante que haja um controle laboratorial desses valores após um determinado período. Isso acontece porque esses valores precisam estar bem próximos dos níveis de referência da população mundial que já foi estudada. Se eles ficam altos por um curto período de tempo, seja por qualquer motivo, não vai fazer muita diferença.
No entanto, se esses valores permanecem elevados ao longo de muitos meses, isso pode ter consequência para a saúde das pessoas – afinal, se isso não fosse prejudicial, não existiria um valor de referência populacional.
O grande problema é que quando se usa pellets e implantes, muitas vezes, os valores podem ficar suprafisiológicos e os efeitos colaterais são enormes – e isso não é uma vantagem: é uma armadilha!
Pensem comigo: se existe um valor de referência e eu estou trabalhando acima disso, mesmo que não tenha efeitos colaterais como acne, queda de cabelo e alteração clitoriana, essa situação – em longo prazo – vai ter um preço. E sabe quem paga? A população!
Se um novo trabalho for realizado, provando que esses valores mais elevados não vão acarretar problemas no futuro, tudo bem. Mas enquanto isso não existe, todo médico deve manter por mais tempo a reposição em níveis de referência populacional laboratorial, estudada e sedimentada.
Devo colher testosterona para saber se tenho baixa libido?
De forma alguma! O exame não tem associação de valores sanguíneos com as taxas de baixa libido em mulheres.
Entretanto, os profissionais devem monitorar os valores sanguíneos após a prescrição de testosterona para que eles não ultrapassem os índices de referência populacional. Lembrem-se: não queremos valores altos a longo prazo e, muito menos, doses suprafisiológicas.
Se você tiver dúvidas sobre o implante absorvível de estradiol ou sobre como devemos controlar os valores da reposição hormonal, entre em contato comigo e me acompanhe através das redes sociais!