O uso de altas doses de testosterona – ou de seus esteroides – para fins de anabolismo ou transmasculino podem mudar a voz, tornando-a mais rouca, independente da via.
No entanto, também há uma relação do uso de altas doses de testosterona e tempo dependente. As revisões com doses fisiológicas não representam alterações de voz que sejam estatisticamente significantes, embora a avaliação não tenha sido feita com videoestroboscopia – capaz de avaliar a corda vocal de forma completa.
Na verdade, a testosterona hipertrofia os músculos da laringe e tracionam as cordas vocais, deixando menos elásticas e baixando o tom de voz. Segundo a revisão de valores séricos de testosterona abaixo de 250ng/dl, a maioria das mulheres não teve alteração do timbre de voz.
Contudo, ao analisar transgêneros, a mudança ocorreu em níveis acima de 700 ng/dl, fazendo a voz ser bem semelhante à masculina. Somente uma pequena parte da população em doses fisiológicas apresentará esta mudança de tom, principalmente mulheres que já têm um timbre perto de 150 hz – ou seja, próximo ao tom masculino.
Sendo assim, é preciso levar em consideração os fatores relacionados às altas doses de testosterona, tempo e tom de voz da mulher.
Testosterona vaginal é uma opção segura?
Sim! Atualmente, há diversos trabalhos que pesquisam seu uso isolado ou associado ao estradiol e estriol, mantendo o pH e o tecido vaginal adequados.
Além disso, também foi observado uma melhora da lubrificação e da resposta sexual. Ainda segundo os trabalhos, não houve crescimento endometrial, sendo seguro até para pacientes com câncer de mama – como uma opção de manejo da qualidade sexual tópica dessas mulheres.
Para saber mais sobre o uso de testosterona e assuntos relacionados à ginecologia, entre em contato comigo e me acompanhe nas redes sociais!