A chegada da menopausa, período que representa o fim da fase reprodutiva feminina, provoca inúmeras transformações no organismo – e no corpo – da mulher. Com a alteração hormonal, observamos o aumento da instabilidade emocional e o avanço das ondas de calor. Mas você sabia que os hormônios bioidênticos podem amenizar esses sintomas?
Diferentemente do que muitos pensam, os hormônios podem, sim, ser naturais. Nesse sentido, os hormônios bioidênticos, quando utilizados durante a terapia de reposição hormonal, podem trazer diversos benefícios à saúde da mulher – especialmente àquelas que estão no período da menopausa.
Entretanto, essa denominação costuma gerar muitas dúvidas entre as pacientes, que confundem os hormônios e a função exercida por cada um no organismo. Para explicar o funcionamento das terapias hormonais, gosto de usar a divisão feita pelo professor Nilson Roberto de Melo, presidente da Sociedade Iberoamericana de Osteologia e Metabolismo Mineral (SIBOMM).
Nessa divisão, Melo cita os hormônios naturais na forma de “naturais nativos” e “naturais sintéticos”. Usamos essa denominação para nos referirmos aos hormônios que vêm de animais, como o estrogênio conjugado equino retirado da urina, ou das plantas.
Ou seja, chamamos de hormônios bioidênticos aqueles que se assemelham ao que nós produzimos. No caso do estrogênio conjugado, bastante usado na Europa, também podemos considerá-lo um nativo sintético, já que ele pode ser originado da soja ou do inhame – a exemplo do 17 beta estradiol, estrona e estriol.
O tratamento com hormônios bioidênticos sai muito caro?
De acordo com um levantamento que realizei através de pesquisas na internet, o tratamento feito com os hormônios bioidênticos sai, em média, R$ 140. Esse é o valor que um estradiol de 1 mg, na forma de gel bioidêntico, costuma ser cobrado.
No caso da progesterona micronizada bioidêntica, os preços variam em torno de R$ 70 a R$ 80. Apesar dos valores não serem tão baixos, eles são relativamente acessíveis. Muitas vezes as pessoas que fazem uso dos pellets (assim como eu), extrapolam no preço das medicações, e isso causa a falsa ideia de que os remédios são absurdamente caros.
Já algumas pacientes têm contraindicação absoluta à terapia de reposição hormonal, sendo a situação mais comum quando há o diagnóstico de câncer de mama prévio. Quando não é esse o fator de impedimento, precisamos delinear caso por caso para avaliar quais são os riscos e benefícios do tratamento.
Nessas circunstâncias, o ideal é usar um hormônio, como o estradiol ou valerato de estradiol-via oral e os géis de estradiol, que contam com diversas opções no mercado. Contudo, é importante lembrar que esse estradiol é o nativo sintético – ou seja, funciona da mesma forma que aquele produzido pelo nosso corpo.
Tem alguma dúvida sobre o uso dos hormônios bioidênticos? Entre em contato comigo através das minhas redes sociais ou procure o seu médico!