À medida que as pessoas envelhecem, o músculo passa a responder de forma mais lenta à ação dos aminoácidos e da insulina. Diante desse quadro, você sabia que a ingestão de proteína durante a menopausa tem um papel fundamental?
É isso mesmo! Com o passar dos anos, as pessoas tendem a consumir menos proteínas e, consequentemente, absorvem menos – e esse cenário está associado a uma queda da resposta hormonal.
Sendo assim, é importante elaborar uma estratégia de tratamento para essas mulheres no que se refere a um aumento da ingestão de proteína durante a menopausa, especialmente a dietética, em torno de 1,2 a 1,4 g de peso corporal – conforme a orientação da Sociedade Europeia de Nutrição Clínica e Metabolismo (Espen).
Ao ingerir essa quantidade de proteína, associando à prática regular de atividades físicas, ocorre uma melhora significativa desse ganho de massa magra. E sabe em qual sentido? No de ganhar autonomia durante o envelhecimento!
Quando falamos sobre o envelhecimento saudável, queremos ressaltar a importância de um idoso ter capacidade de independência de deambulação, reduzindo quedas e as possíveis fraturas que, infelizmente, são tão comuns nesse período.
Ainda em relação à ingestão de proteína durante a menopausa, é necessário ficar atento a alguns pontos: ela pode ficar alta, em torno de 70 a 80 g para uma mulher, e nós sabemos que o ideal é não passar de 30 g por refeição – isso faz com que a absorção não seja plena. Desse modo, o importante é fracionar essa dieta para que ela tenha a capacidade máxima de absorção.
Qual é a relação entre menopausa e osteoporose?
No envelhecimento, a falta de estrogênio associada à baixa ingestão de vitamina D e/ou de cálcio, podem ser os componentes da perda da densidade e qualidade óssea.
Durante o período da perimenopausa – ou no início da menopausa –, muitas mulheres com deficiência de estrogênio devem ter a reposição como primeira escolha para a manutenção da massa óssea.
E por que eu digo isso? Porque o estrogênio é o melhor componente de formação de osso antes dos 60 anos! Sendo assim, é obrigação de todo ginecologista avaliar essas pacientes de forma preventiva da seguinte forma:
- Repondo hormônio;
- Orientando a dieta;
- Recomendando a prática de exercício físico, principalmente musculação, para a manutenção da massa óssea e muscular.
Se o médico disser que é contra a reposição, pense bem! Afinal, como posso ser contra se todos os guidelines estão a favor? As contraindicações existem, o que não existe é: “sou contra” – entendem?!
Qual é o melhor tratamento para amenizar desconfortos da menopausa?
A reposição isolada de testosterona, sem a presença de estrogênio, não é uma estratégia aceita pela Sociedade de Ginecologia e de Endocrinologia.
Além disso, colocar a testosterona achando que ela vai “aromatizar”, em dose suficiente, os sintomas causados pela ausência de estrogênio é ingenuidade. Por isso, o tratamento da menopausa é realizado com estradiol! E se a mulher precisar – e tiver indicação –, vamos completar com testosterona.
Para o músculo crescer, ganhar força, ter menos danos, manter massa óssea e as artérias funcionando, a presença do estrogênio é essencial! Portanto, a ingestão de proteína durante a menopausa é tão necessária!
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