Existe a falsa crença de que após o fim do período reprodutivo feminino, as mulheres se tornam assexuadas – ou seja: perdem o desejo sexual. Na realidade, essa narrativa – preconceituosa e equivocada – não passa de um mito, pois o sexo durante a menopausa pode, sim, ser prazeroso – e é super possível!
Primeiramente, precisamos entender que durante o climatério – período que marca o fim da fase reprodutiva –, nosso corpo é submetido a diversas transformações físicas e emocionais, que ocorrem devido à queda na produção hormonal. A partir desse momento, as suposições que relacionam a possibilidade do sexo durante a menopausa ser prazeroso e agradável começam a surgir.
É importante ressaltar que a libido pode, sim, ser alterada – mas não condenada. Desse modo, associar o climatério com a diminuição do prazer não passa de um grande equívoco! O sexo durante a menopausa não deixará de ser agradável e você, tampouco, se tornará assexuada.
Tendo isso em mente, anote essas dicas:
- Converse com x parceirx sobre suas inseguranças e receios – a comunicação é essencial nesse momento!
- Invista nas preliminares! Carícias e beijos, por exemplo, são fundamentais para o aumento da excitação.
- Saia da rotina e vivencie novas – e estimulantes – experiências!
Além disso, a Terapia de Reposição Hormonal (TRH), usada para amenizar os sintomas mais comuns nesse período, pode ajudar com a falta de libido e melhorar o sexo durante a menopausa.
Atividades físicas aliviam sintomas da menopausa e auxiliam no desempenho sexual
Sabemos que a prática regular de atividade física traz benefícios que vão além das questões ligadas à estética. Por outro lado, entendemos que a perpetuação do sedentarismo pode acarretar sérios problemas de saúde!
Quando falamos sobre a falta de exercícios para quem já passou dos 60 anos, os riscos são ainda maiores! Para esse grupo, não praticar atividades físicas com regularidade pode acelerar o catabolismo muscular que, coletivamente, leva ao ciclo vicioso de perda muscular, lesão e reparo ineficiente.
Progressivamente, os idosos se tornam sedentários e estratégias terapêuticas e/ou nutricionais, que melhoram a massa muscular e propiciam a regeneração, se fazem necessárias.
A prática regular de exercícios é conhecida por reduzir vários efeitos negativos do envelhecimento, tais como:
- Resistência à insulina;
- Disfunção mitocondrial;
- Inflamação no músculo.
Além disso, representam uma das melhores estratégias para combater a sarcopenia, termo que se refere à perda da massa muscular no corpo. O exercício resistido é um gatilho para a síntese de proteína muscular e pode funcionar em sinergia com a ingestão adequada de proteína.
O que muda durante a perimenopausa?
Desconhecida por muitas mulheres, a perimenopausa é uma fase que se refere ao momento que antecede a menopausa – isto é: representa o fim do período reprodutivo feminino.
Apesar disso, algumas pacientes continuam produzindo estrogênio, hormônio responsável pela proliferação do endométrio, tecido que menstrua. E quem faz o contraponto do crescimento desse tecido é a progesterona.
Então, o que mulheres que pararam de menstruar ou estão com o fluxo bastante irregular (menstruam a cada 45 ou 60 dias) devem fazer?
Durante essa transição, a recomendação é repor a progesterona que está faltando, com o objetivo de regularizar os ciclos e evitar o crescimento do endométrio, reduzindo os riscos de:
- Alteração da menstruação ou crescimento pré-malignos, que chamamos de “hiperplasia”.
É importante entender que durante essa transição, em que muita gente costuma chamar de “predominância estrogênica”, existe o predomínio de estrogênio devido à falta da progesterona – que está ausente.
Sendo assim, a recomendação para as mulheres que estão nessa transição menstrual – e com irregularidades – é o tratamento de reposição da progesterona.
E não esqueça: a chegada dessa fase representa o fim do período reprodutivo e não da sua vida! Portanto, o sexo durante a menopausa deve ser encarado como algo natural – e normal.
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