É muito comum que as mulheres, seja no consultório médico ou por meio das redes sociais, façam a seguinte pergunta: “Dra., é verdade que o Mirena oferece risco de câncer de mama?”.
Essa informação não procede. De acordo com um trabalho que avaliou mulheres com câncer de mama utilizando o tamoxifeno e que colocaram o Mirena, foi constatado que houve uma diminuição do risco de hiperplasia – termo que se refere ao aumento do tecido que menstrua.
Além disso, também foi observada uma redução de pólipos e da incidência de câncer de ovário. O Mirena tem uma ação local, no qual libera 20 mcg de levonorgestrel, que é uma progestina capaz de proteger o endométrio – ou seja, é uma dose muito baixa.
Essa dosagem é muito diferente da medroxiprogesterona, usada nos primeiros trabalhos, em que realmente foi observado um aumento da incidência do câncer de mama com progestina.
Portanto, a ideia de que o Mirena oferece risco de câncer de mama não tem fundamento, conforme podemos observar nos estudos e dados que são publicados.
Mirena ajuda a reduzir o fluxo menstrual?
Sim! Esse dispositivo é uma excelente opção para as pacientes que sofrem com o excesso de sangramento durante a menstruação.
Sendo assim, não há necessidade de retirar o útero para solucionar esse “problema”. Além disso, o Mirena também protege de tumores endometriais e ovarianos.
Agora você já sabe que a história de que o Mirena oferece risco de câncer de mama não procede e também já entendeu que esse dispositivo pode ajudar a controlar o fluxo menstrual.
Por isso, não há motivos para não usá-lo, se essa é a sua vontade e necessidade! Para saber mais sobre assuntos relacionados à ginecologia, entre em contato e me acompanhe nas redes sociais!